"E não maltrate muito a arruda, se lhe nçao cheira a rosas..."

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

incoerência

Com caneta e coração,
gritou o insulto ao meu portão:
"Viva à festa, à multidão"!
Retornei em tom manso,
sem cores ou cordão:
"Viva às dores, à direção"!
E sem lógica ou descanso,
vi saltear cavalos no breu
adormecidos por um Romeu,
que sem Julieta
largou a festa,
e voltou prostrado à Deus,
"Estarei eu sentindo a vida
ou latejando em mim a ferida?"
Em silêncio, chorou o coração.

Por: Ana Paula Morais

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