Foi-se a democracia sentimental. Vazou, findou,
estrangulou-me. Ernesto tem compartilhado dizeres ofensivos, maltratados sobre
minha postura pragmática e alusiva sobre os versos ouvidos na calçada. É mister
que meu absurdo se decompõe na [des]história de mim. Assim como é arrogante
pensar o quão vazia permaneço quando a aresta se preenche, momentaneamente, com
sua passagem.
- Volte aqui! Repete Ernesto.
E por mais que eu me esforce para olhar de canto,
desdenhando seu desejo. Eu sorrio, vagabunda, ao seu olhar insistente.
Parti, não por merecimento, mas como medida desesperada
antes que o berro ultrapassasse a esquina. Logo vi, ao dobrá-la, o quão estava
morta, sem odor, sem verso, sem dentes. A minha carne repara na sua insistência
mal vista, encara-te por intermédio de palavras desencontradas. Surpreende-te,
sutilmente, ao reler seus versos tortos, mortificados.
Não creia, Ernesto. Porque mesmo que amá-lo de fato me
salvaste, não era meu coração sua ambição. Seria minha escravidão, meu ímpeto,
meu sangue. E ainda assim, você me diria, sorridente:
- Não é o bastante.
Oxé...!!!! Chega eu me espantei....rsrsrsrs...Pois fazia tempo que vc não publicava!
ResponderExcluirEu agradeço o retorno; bom retorno!! rsrsrss