Hipnotizada, ando.
Como a retina cruzando teus passos,
arrastando a poeira do velho vaso.
E se acaso for,
Não devolva os beijos, outrora dados,
O mar limpará os rabiscos rasos.
Não quebre os dedos, agora cruzados,
soando um futuro já abortado.
Livra-me padre, deste agonia,
fazendo a cruz por cima dos lábios,
molhados e vivos,
cheirando a pecado.
Receba esta carta e leia de bom grado,
que de tristeza não morro,
se teu amor, a mim, foi derramado.
Ana Paula Morais
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Um beijo pelos dedos que aqui escrevem, um Queijo pelo suspiro aqui postado.