É latente, navegante em teu compasso,
Firme e doce, envolvente em teus encantos.
Tão despida, vive alegre seus limites,
Que arranha com fúria os lábios quentes.
Obtusa e tão fraca, alarmante,
Que invade, treme e chora esvoaçante.
Tão viva sente o desejo leve e quente,
Que nos teus braços, prende e cospe de repente.
A bela forma do teu corpo envolvente,
Expele e sangra em favos inconstantes.
Tão fina pele me envolve entre os dentes,
Que me amarro, lambo e prezo deslizante.
Na calmaria do teu beijo sufocante,
Espalho e prendo alegrias ofegantes.
Em tua alma estarei tão livremente,
Que no teu corpo entrarei eternamente.
Por: Ana Paula Morais
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