"E não maltrate muito a arruda, se lhe nçao cheira a rosas..."

sábado, 25 de junho de 2011

Sobre Karenin

"É um amor desinteressado: Tereza não pretende nada de Karenin. Nem mesmo amor ela exige.  Nunca precisou fazer as perguntas  que atormentam os casais humanos: será que ele me ama? Será que ele gosta mais de mim do que eu dele? Terá gostado de alguém mais do que a mim? Todas essas perguntas que interrogam o amor, o avaliam, o investigam, o examinam, será que não ameaçam destruí-lo no próprio embrião? Se somos incapazes de amar, talvez seja porque desejamos ser amados, quer dizer, queremos alguma coisa do outro (o amor), em vez de chegar a ele sem reivindicações, desejando apenas sua simples presença."
(KUNDERA, 1985, p. 298-299)


Um comentário:

Um beijo pelos dedos que aqui escrevem, um Queijo pelo suspiro aqui postado.