"E não maltrate muito a arruda, se lhe nçao cheira a rosas..."

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A gente muda

A gente muda um carinho, 
muda um sorriso,
reparte um riso,
quebra uma unha,
engole o cuspe,
vira a saia
e
dorme de perna fechada.
Só pra ver o amor ficar,
só pra ver o amor escorrer .


Por: Ana Paula Morais

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

que a mim cabe, uma saudade...

George diz:
Sofro de amor, Ana.
E morro de solidão.
Cada esquina me asseguro
de que não perco minha paixão, na curva.
Em cada olhar me encontro em indiferenças e perco em vaguidão.
Você sabe que doença é essa?
Dizem que chama-se Viver.
Outros dizem que "Raro é viver, muitos saberão apenas existir"
e você? Diagnóstico? Prognóstico?
Risos... talvez você esteja tão ou mais perdido que eu... mas em algo você é coerente... o silêncio seria a melhor de suas respostas.



A . diz:
Engana-se
estava a me deliciar com seus espantos.
Sofremos de amor, como todo tolo romântico,
e nos embriagamos por sermos tolos e rirmos dos outros.
nadar, simplesmente por areias e remar,
sem sentimentos, culpa, ou solidão.
mas como não caber em mim os sentimentos?
se a cada passo esbanjo euforia, um lamento.
siga.
há quem diga que seguir é viver
há quem morra para poder existir.
diagnóstico?
paguei a conta e fui embora, meu bem.

George diz:
: )
nunca houve conta, pq vc nada devia

A . diz:
nunca se sabe dos prazeres da carne.

George diz:
verdade
nunca.

Um brinde às conversas de msn, por George Diniz e Ana Paula (09/02/2011)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
... Vou pensar.

[Los Hermanos]


Assim e sendo...

como os passos que me seguem,
como o breu que me envolve,
como a luz que me preenche,
como o caos que me deleita,
como o avulso que me olha,
como a cruz que me carrega,
como o rastro que me escreve,
como o fogo que me sustenta,
como o beijo que me molha,



como o corpo que me seduz,
como o alívio que me devora,
como o líquido que me sangra,
como a voz que me soa,
como os dedos que me passeiam,
como a vida que se desfaz,
como o parodoxo deste feito,
eu vou seguindo até nunca
e mais.

Por: Ana Paula Morais